Mensagem linda.
Muitos ainda se confundem com estes dois sentimentos e isto causa sofrimentos muitas vezes, desnecessários.
Espero que a leitura te faça refletir e viver mais leve!
"A saudade
e o apego"
Boa tarde, disse-me a senhora que
encontro, todos os dias, no parque em que costumo me exercitar.
Boa tarde, respondi.
Ela pediu licença e se sentou ao
meu lado, no banco no qual eu me encontrava.
Sabe, meu filho, disse ela, dando
uma leve batidinha em minha mão, hoje estou muito feliz, pois essa noite tive
um sonho maravilhoso e muito peculiar.
Ela desejava conversar,
compartilhar com alguém a sua experiência. Encorajei-a a que me relatasse o que
sonhara.
Sonhei que caminhava por uma
belíssima praia, sozinha, sentindo a brisa doce do mar.
Porém, em certo momento, duas
figuras vieram ao meu encontro e me ofertaram os braços. E, mesmo que eu não
conseguisse identificar os rostos delas, aceitei o convite gentil.
Desse modo, uma à minha direita e
outra à minha esquerda, começamos a caminhar os três, de braços dados.
Percebendo o meu interesse, ela
prosseguiu:
Em certo momento do meu sonho,
aqueles desconhecidos que caminhavam comigo me apontaram o pôr do sol, que se
fazia esplêndido no horizonte.
Extasiada, contemplei aquela
beleza. Quem estava à minha esquerda falou: "Não seria perfeito se o tempo
congelasse, neste instante, e tivéssemos este espetáculo eternamente? Assim, em
qualquer momento que o quiséssemos, ele estaria à nossa disposição.
Ponderei tais palavras e, quando
estava prestes a concordar, a figura da direita disse: Melhor ainda não seria
registrar tal instante nas telas de nossas recordações e acessá-lo sempre, onde
e quando quisermos?
Lembraríamos do momento com carinho
e o teríamos dentro de nós, como prova de que esse momento fez-se inesquecível.
Porque o tempo garante que tudo
passe, que tudo se modifique, que tenhamos encontros e reencontros, mas as boas
recordações são a certeza de que eles foram especiais.
Assim ocorre com o sol em seu
curso diário, ora nascendo, ora se pondo. Mas são as lembranças que trazemos de
cada ciclo que o faz único.
Quando o sol, finalmente,
desapareceu no horizonte, as duas figuras despediram-se de mim e fizeram menção
de partir... Dei-me conta de que não as conhecia, não conseguira lhes enxergar
o rosto. Perguntei: Quem são vocês?
Aquela que estivera à minha
esquerda foi a primeira a responder: Chamo-me apego.
A da direita respondeu
imediatamente depois: Chamo-me saudade.
Dando outro tapinha carinhoso em
minha mão, a senhora levantou-se do banco e, sorrindo, disse a Deus,
deixando-me mergulhado em pensamentos e na companhia de um belo cair de
tarde...
* * *
Alguns de nós confundimos saudade
com apego.
Quando um ente querido parte para
as esferas do infinito, muitas vezes transformamos as boas recordações que dele
temos em apegos infindos, inconformados por esses instantes de alegria terem
ficado no passado.
E, por muito pensarmos no ontem,
nos esquecemos do futuro.
Que a saudade que cultivamos
daqueles que partiram nos conserve a certeza de que o passado foi valoroso e
que o tão desejado reencontro se dará.
Tão certo como o sol irá nascer
mais uma vez amanhã...
Pensemos nisso.
Fonte - Caminho da Luz
Um super beijo a todas e até o próximo post.
Sonia
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